Simulado prova da OAB 33

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OAB 33 - Questão 67
Bartolomeu foi denunciado e pronunciado pela suposta prática de um crime de homicídio qualificado. No dia da sessão plenária do Tribunal do Júri, no momento dos debates orais, o Promotor de Justiça iniciou sua fala lendo o teor da denúncia para que os jurados tivessem conhecimento sobre os fatos imputados. Após, afirmou que estaria presente a prova da materialidade e de autoria, passando a ler a decisão de pronúncia e destacar que esta demonstraria a veracidade do que assegurava sobre a prova da prática do crime por Bartolomeu. Por fim, o Parquet leu reportagem jornalística que apontava Bartolomeu como possível autor do homicídio, sendo certo que tal documentação foi acostada ao procedimento sete dias antes da sessão plenária, tendo a defesa acesso à mesma quatro dias úteis antes do julgamento.
Em sua fala, a defesa técnica de Bartolomeu pugnou pela absolvição, negando a autoria, e consignou em ata seu inconformismo com a leitura da denúncia, a menção à pronúncia e a leitura da reportagem jornalística. O réu foi condenado.
Considerando as informações narradas, com base nas previsões legais e sob o ponto de vista técnico, no momento de apresentar recurso de apelação, o(a) advogado(a) de Bartolomeu poderá alegar a existência de nulidade, em razão
(A) da leitura da denúncia, da menção à pronúncia e leitura da reportagem jornalística.
(B) da menção à pronúncia e leitura da reportagem jornalística, apenas.
(C) da leitura da reportagem jornalística, apenas.
(D) da menção à pronúncia, apenas.

Fontes:

Processo Penal

Informação Extra:

Código de Processo Penal, Art. 478, I. Durante os debates no Tribunal do Júri, as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências à decisão de pronúncia como argumento de autoridade. A leitura da reportagem é permitida, desde que a defesa tenha tido acesso prévio.

 

 

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