Simulado prova da OAB 26

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OAB 26 - Questão 64
Durante as investigações de um crime de associação criminosa (Art. 288 do CP), a autoridade policial representa pela decretação da prisão temporária do indiciado Jorge, tendo em vista que a medida seria imprescindível para a continuidade das investigações. Os autos são encaminhados ao Ministério Público, que se manifesta favoravelmente à representação da autoridade policial, mas deixa de requerer expressamente, por conta própria, a decretação da prisão temporária. Por sua vez, o magistrado, ao receber o procedimento, decretou a prisão temporária pelo prazo de 10 dias, ressaltando que a lei admite a prorrogação do prazo de 05 dias por igual período. Fez o magistrado constar, ainda, que Jorge não poderia permanecer acautelado junto com outros detentos que estavam presos em razão de preventivas decretadas.

Considerando apenas as informações narradas, o advogado de Jorge, ao ser constituído, deverá alegar que
(A) o prazo fixado para a prisão temporária de Jorge é ilegal.
(B) a decisão do magistrado de determinar que Jorge ficasse separado dos demais detentos é ilegal.
(C) a prisão temporária decretada é ilegal, tendo em vista que a associação criminosa não está prevista no rol dos crimes hediondos e nem naquele que admite a decretação dessa espécie de prisão.
(D) a decretação da prisão foi ilegal, pelo fato de ter sido decretada de ofício, já que não houve requerimento do Ministério Público.

Fontes:

Lei de Prisão Temporária (Lei nº 7.960/89), Art. 2º.

Informação Extra:

A prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz. Ela depende de representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público. Como o MP não requereu (apenas se manifestou favoravelmente à representação policial, o que não supre o requisito), a decretação de ofício pelo juiz é ilegal.